POLÍCIA CANINA
K-9
Nascido sob o comando de regime de guerra, o K-9 (abreviatura de Kanine tornou-se sinônimo de segurança. Por isso, a tradição deve acompanhar esta sigla.
História do Adestramento
Os cães acompanham os homens desde os tempos mais remotos. Há registro, nas cavernas, da associação, para trabalho mútuo, dos nossos ancestrais com os lobos. A utilização de cães, como auxiliares de trabalho, começou com os caçadores ingleses e criadores de cavalos no final do século XVIII quando começaram a utilizar os foxhounds e os beagles nas caçadas imperiais. Por ocasião da 2ª Grande Guerra Mundial (1939-1945) os alemães, que já treinavam cães para caça, tiveram a idéia de aproveitar as habilidades dos pastores alemães como cães de guerra. Inicialmente treinavam os cães a se alimentarem embaixo dos tanques de guerra, depois deixavam-nos com fome, recusando-lhes a alimentação por três a quatro dias e levavam-nos aos campos de batalha com uma bomba atada ao colete. Os cães famintos, ao visualizarem os tanques inimigos, corriam para obter os alimentos sob os tanques, quando eram sacrificados. Com a grande baixa de soldados, a guarda das fronteiras com a França, Holanda, Bélgica e Espanha foi exercida com a ajuda de 33.500 cães adestrados entre pastores alemães e dobermans, quando passaram à função de guarda. Mesmo depois de assinado o armistício, ainda que, com um grande avanço tecnológico dos meios de comunicação, o crescente aumento de veículos e a grande sofisticação do armamento não mais foi possível dispensar a função de guarda dos cães.
As notáveis campanhas feitas pelos cães treinados para diversos trabalhos durante a Segunda Guerra Mundial eliminaram qualquer dúvida que podia ter existido a respeito do seu valor em tempos de guerra. Os cães salvaram vidas de muitos homens em combate, e foram instrumentos para prevenir emboscadas durante as operações com patrulhas e para avisar sobre a infiltração de inimigos durante a noite, eles também efetuaram serviços valiosos na guarda de várias instalações e patrulhas.
O desenvolvimento do adestramento no pós-guerra foi atribuído ao crescimento da criminalidade mundial devido ao grande desnível socioeconômico conseqüente do êxodo rural e do grande desenvolvimento industrial e urbano. Surgem, então, as grandes escolas policial-militares, para adestramento de cães de polícia, quando "pegou" o apelido do pastor alemão de "cão policial". Passada a fase crítica do pós-guerra, nos anos 60, equilibrou-se a economia européia e essa grande quantidade de cães policiais foi perdendo suas funções. Nesse período, os criadores particulares começaram a se interessar em promover competições de obediência, quando surgiu o esporte do adestramento de cães de guarda, bem como, as entidades como a VDH (Verrein für das Deutsche Hundewesen) desenvolveram-se sobremaneira. Começou então a participação, em competições, de outras raças como o dogue alemão, bóxer, schnauzer, leonberger, rottweiler etc.
Nos dias atuais os cães de trabalho são de extrema necessidade para as forças policiais e de resgate, visto que o homem tem limitações em vários sentidos, tais como audição e olfato, já o cão com uma audição super desenvolvida e um o olfato cinqüenta vezes maior pode ser usado nas mais diversas situações onde nossas limitações não permitam o bom desempenho de nosso trabalho.
Seja efetuando uma busca por substancias entorpecentes, tomando parte no controle e vigilância de presídios, executando um salvamento de uma pessoa perdida na mata ou simplesmente ajudando no patrulhamento do bairro é e que as unidades K-9 como são conhecidas tornam-se de grande importância para o melhor desempenho do trabalho, seja da Polícia Civil, Militar, Guarda Municipal, Bombeiro Militar e Forcas Armadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário