sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

CÃO POLICIAL


CÃES DE TRABALHO : CÃO POLICIAL


“ Cão é leal ao seu dono, dá amor verdadeiro. Cão é bom entendedor e tem grande conhecimento e grande julgamento.

Cão tem força e bondade. Cão tem sabedoria e é verdadeiro. Cão tem grande memória. Cão tem grande sentimento. Cão tem muita aplicação e grande poder. Cão tem muita valentia e muita sutileza. Cão tem grande rapidez e muita perseverança. Cão é bom de ser comandado, pois ele aprenderá tanto quanto um homem tudo o que lhe for ensinado. Todos os fundamentos estão nos cachorros. Tão bons são os cães que não há homem que não queira ter um para um uso ou outro...”

- Gaston Febus


Hoje vou mostrar o trabalho do Cão Policial que faz a guarda e segurança pública, fareja drogas, resgata pessoas, rastreia fugitivos (principalmente na mata), escolta presos,etc.

A Polícia Militar do Estado de Santa Catarina conta com mais de 130 cães e mais de 13 canís sendo que na Grande Florianópolis, este número é de 36 cães policiais. Dentre eles, a maioria pertence à raça Labrador e Pastor Alemão, que são as mais adequadas a este trabalho devido as suas virtudes e aptidões específicas. São cães multi-funções e suas qualidades originais os tornam essencialmente aptos para serem “cães de polícia”.


“A grande diferença entre o homem e o cão, em relação ao faro, é que o diâmetro interno do nariz onde se situam as células sensórias do olfato é estimado em 5 milhões de células para o homem enquanto um Pastor Alemão possue 220 milhões. Nehaus descobriu que a sensibilidade olfativa dos cães para determinadas substâncias pode ser de 100 mil a 100 milhões de vezes superior ao olfato humano” conforme “Scente and the Scenting Dogs by William G.Syrotuck”.

O Capitão Claudionir de Souza, há mais de 17 anos na Polícia Militar, é hoje o Comandante da Companhia de Policiamento com Cães da Polícia Militar e confirma a importância destes cães para a polícia e a sociedade sendo grandes aliados na fiscalização, segurança e ordem dos locais públicos.

Segundo o Capitão Souza, as vantagens da utilização do cão na polícia são;


- eles causam impacto psicológico muito bom nas ocorrências;


- auxiliam no combate ao narcotráfico;


- economizam tempo e pessoal na localização das drogas;


- nas abordagens expõem menos o policial ao risco de vida;


- possibilitam maior e melhor precisão no rastreamento e varredura em buscas na mata;


- auxiliam no combate ao crime.

Os cães recebem treinamento diário feito por cada policial que é responsável por seu cão. É um trabalho contínuo que exige dedicação, esforço, competência e acima de tudo um grande amor ao cão.

Começando a partir dos 8 meses de idade e tendo uma vida útil de trabalho de 8 anos de serviços prestados ou 10 anos de idade, em média, o treinamento canino é intenso e reforçado todos os dias para exercitar o condicionamento.


Estes cães além do trabalho árduo e profissional contra a criminalidade, também fazem demonstrações em solenidades militares e civis.


O canil da Polícia Militar também está aberto ao público, através de ofício, para visitação de escolas mostrando aos visitantes a utilidade e importância do cão policial.

Vários destes cães já se destacaram no ofício de cão farejador de droga, como é o caso da Labradora Mel – que já fez a apreensão de mais de 5 quilos de pasta de cocaína em Barreiros numa operação conjunta com o DEIC e o Beagle Bonno - que farejou escondido na tampa traseira de uma caminhonete com fundo falso, mais de 2 quilos de pasta de cocaína e outras drogas.

Além deles ainda se destacam com várias “Honras ao Mérito” – o Pastor Alemão Tander, Johnny, Taigor e outro Labrador – Athos, entre outros. Todos sempre dispostos a cooperar e tentar acabar com a criminalidade em nossa cidade.

Desde 1980 começaram as atividades do canil da Polícia Militar. De lá para cá muitos cursos de treinamento foram realizados aprimorando, cada vez mais, a eficiência do trabalho, inclusive com a participação de policiais especializados da SWAT.

Um dos cursos mais modernos em treinamento de cães farejadores dos Estados Unidos que se chama K-9, também já foi realizado em Florianópolis.

O termo K-9 começou a ser utilizado pela polícia norte-americana para designar a seção encarregada de treinar e utilizar cães nas missões de segurança dos departamentos de polícia do país. Este termo se popularizou em todo o mundo e hoje serve para designar atividade de treinamento avançado do cão para a função de defesa e segurança.

Dentre os adestramentos, os cães podem ser treinados para dois tipos de alerta quando percebem a droga: o alerta ativo – ocorre quando o cão é treinado para dar uma resposta entusiástica, arranhando e mordendo o local onde a droga está escondida, e o alerta passivo – quando o cão senta ao lado dos suspeitos ou do local onde a droga está escondida ou realiza um movimento previamente determinado para indicar através do sinal, o local do esconderijo da substância entorpecente.

Os cães que são treinados no sistema de alerta ativo, geralmente trabalham em locais abertos e de difícil acesso, enquanto que os cães treinados no alerta passivo são, usualmente, utilizados no contato direto com o ser humano.

P.S. – seja qual for o tipo de treinamento, o cão jamais terá contato com a droga ou será recompensado com drogas. A base do sistema é o condicionamento positivo para brincadeira e para a caça. Fonte: Vida de Cão.

Todos estes cursos de obediência, guarda e proteção, abordagem de edificações, busca de pessoas através do rastreamento, farejamento de drogas e o K-9, possibilitam, cada vez mais, o aprimoramento e a excelência da qualidade nos treinamentos destes cães da Polícia Militar – que zelam pela nossa segurança e bem estar, desta que é considerada a capital com melhor qualidade de vida do país, graças aos nossos Policiais e aos nossos especiais amigos peludos “policiais”.


Este é mais um nobre trabalho do nosso melhor amigo – o Cão Policial.


Por Cristina Lima Barreto

Psicóloga e Consultora de cães

Contatos:

cristina8barreto@yahoo.com.br


fotos marco cezar

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